Modalidades de tratamento para hemofilia A
A Hemofilia A é uma doença hemorrágica rara e hereditária, causada pela deficiência ou ausência do fator VIII de coagulação, essencial para o processo de formação do coágulo na cascata cujo principal sintoma é a tendência para sangramentos espontâneos e dificuldade de estancar sangramentos pós-traumáticos, que acomete cerca de 11mil brasileiros, dentre os quais mais de 98% correspondem a indivíduos do sexo masculino.1,2
Não tendo cura definida, a terapia recomendada consiste na reposição regular de fator, visando a prevenção de sangramentos capazes de gerar sequelas potencialmente irreversíveis, como no caso de complicações de hemartroses (doença articular decorrente de hemorragias localizadas), que comprometem a locomoção dos indivíduos, bem como a qualidade de vida dos mesmos em diferentes fases e aspectos da vida.1,3
Os impactos da doença podem se manifestar na esfera física, psicológica, afetiva e social, de modo que restrições no modo e estilo de vida podem existir para além do aspecto fisiológico decorrente do quadro. O acometimento articular de membros inferiores e articulações-alvo são resultados prevalentes no tratamento inadequado da condição, e os transtornos associados (como depressão e ansiedade), são muitas vezes, decorrentes da não aceitação e desconhecimento das perspectivas que se pode ter, tendo o esquema terapêutico adequado e contínuo.4,5
Sendo o Brasil um país que garante – através da Política Nacional do Sangue e do Programa Nacional de Coagulopatias Hereditárias do Ministério da Saúde – o acesso universal ao tratamento da hemofilia A, conscientizar a comunidade sobre a condição e terapias existentes para estimular e promover a adesão é parte fundamental para o sucesso do tratamento e percepção de melhoria da qualidade de vida.1,4
Tabela 1: Modalidades de tratamento existentes para hemofilia A no Brasil1:
Para maiores informações, não deixe de verificar os documentos oficiais publicados pelas diferentes áreas envolvidas no cuidado da hemofilia dentro do Ministério da Saúde.
PP-JIV-BR-0227-1
Referências
- Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Especializada e Temática. Manual de hemofilia. – 2. ed., 1. reimpr. – Brasília: Ministério da Saúde, 2015. 80 p.:il. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_hemofilia_2ed.pdf Return to content
- Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Especializada e Temática. Perfil das coagulopatias hereditárias: 2016 [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Especializada e Temática. – Brasília: Ministério da Saúde, 2018.57 p.:il. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/perfil_coagulopatias_hereditarias_2016.pdf Return to content
- Srivasta A, Santagostino E, Dougall A, et al. WFH Guidelines for the Management of Hemophilia, 3rd edition. Haemophilia. 2020: 26(Suppl. 6): 1-158. https://doi.org/10.1111/hae.14046. Return to content
- Wiley RE, Khoury CP, Snihur AWK, et al. From the voices of people with haemophilia A and their caregivers: Challenges with current treatment, their impact on quality of life and desired improvements in future therapies. Haemophilia. 2019;25:433–440. Disponível em: https://doi.org/10.1111/hae.13754 Return to content
- Buckner TW, Batt K, Quon D, et al. Assessments of pain, functional impairment, anxiety, and depression in US adults with hemophilia across patient-reported outcome instruments in the Pain, Functional Impairment, and Quality of life (P-FiQ) study. Eur J Haematol. 2018;100(Suppl. 1):5-13. Disponível em: https://doi.org/10.1111/ejh.13027 Return to content